Saiba ao que deve estar atento
Depois de largos meses em que o futuro se apresentava sob a forma de um grande ponto interrogação para os agentes económicos dos mais diversos setores da economia portuguesa, eis que já que se consegue vislumbrar uma luz de normalidade no fundo do túnel.
A fase pandémica foi particularmente desgastante para os negócios instalados, mas para todos aqueles empreendedores que tiveram que colocar em “pausa” os seus sonhos de abertura de um negócio não o foi menos. Contudo, com a esperada “libertação da economia” trazida pelo avanço no processo de vacinação, a esperança volta a nascer e os sonhos regressam à mesa de trabalho destes empreendedores.
Aliás, o desenvolvimento de novos negócios é mesmo, segundo um inquérito da McKinsey & Company realizado a 800 executivos de empresas de diferentes sectores e regiões, visto como uma prioridade por cinco em cada dez executivos para crescer no pós-pandemia. Em função dos resultados deste inquérito, a McKinsey prevê que uma nova onda de inovação possa ser impulsionada pelo aumento do empreendedorismo, à medida que mais empresas adotam a abordagem de criar novos negócios, produtos e serviços dentro das suas organizações.
Caso se encontre nessa situação, este é o artigo que procura. Se pretende abrir um negócio no pós-pandemia, mas não sabe por onde começar, saiba ao que deve estar atento para que a sua ideia de negócio prospere:
O digital é o novo “el dorado”
É um facto evidente para todos, sociedade e negócios, que não teríamos passado pela pandemia da mesma forma, se a aceleração da transformação digital da economia não tivesse ocorrido.
As dificuldades para as empresas que não conseguiram fazer transitar as suas estruturas para o digital foram mais que muitas, ao contrário daquelas que o conseguiram fazer e num futuro pós-pandémico a tendência manter-se-á.
Assim, a utilização de espaços em nuvem, o big data, a ciência de dados, a interconectividade e a segurança da informação, ou seja, a completa transformação digital do negócio, serão determinantes para a sobrevivência no futuro e é a isto que um empreendedor terá que prestar particular atenção, como se comprova pelos dados da ACEPI (Associação da Economia Digital).
De acordo com esta associação, o valor do e-commerce B2C em Portugal foi, só no ano passado, de quase 8 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 2 mil milhões de euros em relação a 2019.
Este crescimento expressivo deve-se, sobretudo, ao aumento da presença na Internet das micro e pequenas empresas (que representam a maioria do tecido empresarial português), face ao ano anterior. A percentagem de empresas com presença na Internet é agora 60% do número total de empresas, mais 20% do que num anterior estudo da ACEPI.
Apesar do digital se afirmar como o local ideal para fazer nascer o seu negócio, há aspetos a que deve tomar particular atenção, como são o caso do Marketing, da usabilidade e, particularmente, do processo de checkout, fase em que a forma de pagamento assume excecional relevo na diminuição do atrito e, consequentemente, na oferta de uma experiência de compra satisfatória para o cliente.
Neste domínio dos pagamentos online, salta à vista o papel da REDUNIQ, especialista no desenvolvimento de soluções de pagamento online e offline, que entrega aos agentes económicos online uma panóplia de serviços que tornam os pagamentos online mais rápidos e eficientes.
Um desses métodos é o REDUNIQ@Payments, solução chave na mão que permite receber pagamentos por WhatsApp, e-mail SMS, através de cartões Multibanco, Visa e Mastercard, por referência Multibanco ou MB WAY, mesmo que não tenha um site, como é o caso de quem vende através dos marketplaces das redes sociais.
Esta é uma opção segura, que simplifica todo o processo de pagamentos à distância em termos de tempo e custos.
O cliente, no momento de escolher um método de pagamento poderá optar pelo pagamento através do REDUNIQ@Payments e assim poderá optar por receber o link para pagamento, por email ou por telemóvel e ser redirecionado para a página da Unicre.
Para além de facilitar o processo de pagamento ao cliente, os negócios recebem os pagamentos de forma mais simples, segura e prática.
Menor necessidade de grandes espaços
Seja pela migração de serviços para o digital, o que implica a necessidade de menor espaço em instalações físicas, seja pelo crescimento e implantação do teletrabalho, no pós-pandemia os negócios não estarão tão dependentes da necessidade de grandes espaços.
Se está a pensar que ao apostar numa loja online, vai necessitar de armazenamento, pense duas vezes. Uma das grandes tendências saídas da pandemia é o Dropshipping, um sistema que permite que vários negócios online utilizem o stock de terceiros para efetuar as suas vendas, comercializando produtos que não passam fisicamente por si.
Isto é, ao utilizar o dropshipping, a loja online vende o produto e envia a ordem da transação para o fornecedor. Este, por seu turno, faz o envio direto do produto em nome da loja para o cliente final. Este sistema poderá ser particularmente útil se não possuir um grande stock de produtos na sua empresa ou quiser reconfigurar o tipo de produto a vender.
Sustentabilidade e hábitos de consumo
Voltando à McKinsey e a um estudo por ela realizada em maio deste ano sobre o impacto da pandemia nos hábitos de consumo, verifica-se que dois terços dos consumidores inquiridos acham mais importante do que antes limitar impactos de mudanças climáticas e cerca de 60% estão a fazer mudanças significativas no seu estilo de vida para reduzir o impacto no meio ambiente.
Isto significa que um negócio pós-pandemia deve incorporar a sustentabilidade na sua proposta de valor de modo estes novos hábitos de consumo que levam os consumidores a preferirem produtos vindos de empresas com consciência social e ambiental.
Neste domínio especifico dos hábitos de consumo, há ainda um outro aspeto com que os empreendedores se devem preocupar que é a procura crescente dos consumidores por bens essenciais em detrimento dos mais supérfluos, um claro legado das fases mais agressivas da pandemia.
Logística como base para a resiliência
As crises têm o condão de fazer sobressair a importância de áreas até então mantidas um pouco na sombra. A logística é uma delas. Os constrangimentos que a pandemia trouxe aos negócios das mais diversas áreas alertou as empresas para a necessidade de contar com um parceiro de entregas seguro e de confiança, quer para as pequenas lojas de bairro, quer para grandes empresas.
Assim, no pós-pandemia, um negócio terá que se preocupar em criar uma logística de proximidade que permita, por um lado, ir ao encontro da sustentabilidade assinalada no ponto anterior, e, por outro, entregar os bens comprados de forma rápida e segura a um consumidor habituado à velocidade das interações online.
A tudo isto deve somar-se, em função do tipo de negócio, a escolha de produtores e fornecedores locais dando, deste modo, um forte impulso à economia circular e ao comércio justo, o que acabará por resultar numa oferta de um produto final mais sustentável em toda a sua cadeia de produção indo ao encontro de perfil de consumidor mais preocupado com a sua pegada ecológica e consciente de cada compra que faz.
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