A infidelidade não é tema novo. É explorado em livros, filmes, artigos. Por isso, já não surpreende nem choca dizer-se que não é coisa só de homens. As mulheres também são infiéis e sempre o foram, só que agora admitem-no mais, pelo menos em inquéritos anónimos e nos consultórios dos terapeutas.
O que levará as pessoas a serem infiéis e terem casos extraconjugais é questão que tem ocupado gente dos mais diversos quadrantes e que não resistiram a debitar máximas sobre o tema.
As prevalências de membros de um casal que têm casos extraconjugais varia entre os estudos, rondando os 20-40%, sendo ligeiramente superior nos homens do que nas mulheres. A percentagem de mulheres “infiéis” tem subido bastante nas ultimas décadas.
No entanto, o mais importante em relação a este tema é a própria definição de infidelidade. Em rigor, a definição de infidelidade não sou eu nem qualquer perito em saúde mental que define. Ela depende daquilo que duas pessoas que estão numa relação definem.
O que os homens querem em casos extraconjugais?
Os homens têm necessidades sexuais que simplesmente se tornam obsoletas à medida que a inevitável rotina do casamento se instala. Adicione a isso a atenção da esposa potencialmente sendo voltada em direção a cuidar dos filhos, e as possibilidades sexuais se tornam menores e mais distantes. Os homens indubitavelmente são criaturas visuais, e sites de encontros para adultos casados apresentam uma fuga intoxicante até para o indivíduo mais moralmente firme.
Na Europa, há uma cultura de que a fidelidade sexual no casamento não é tão importante assim. Isso explicaria porque na Espanha e na Itália, a taxa de divórcio fica em torno de 10%. Nesses países, os estudos revelam a alta incidência de casais em que cônjuges já tiveram um ou mais casos durante o relacionamento.
Diferente de outras épocas, estudos indicam que o número de homens e mulheres que têm casos extraconjugais se aproxima cada vez mais. E demonstram que ambos os sexos começaram a ter relações extraconjugais mais cedo que nas décadas anteriores.
O que as mulheres querem em casos extraconjugais?
Um estudo recente concluiu que as mulheres entre os 35 e 45 anos estudadas procuram relacionamentos extraconjugais porque querem mais romance, paixão e sexo, mas não se querem divorciar dos maridos.
Os resultados não refletem desarmonia no casamento, mas uma monotonia em termos sexuais que é um facto social das relações monogâmicas de longo prazo, ver classificados para adultos.
A mulher costuma criar muitas expectativas em torno de um relacionamento. Mas a vida não é um conto de fadas, tão pouco o “príncipe”, encantado. Todos nós precisamos de um complemento afetivo. A decepção da mulher com o perfil masculino, a falta de sensibilidade deste e a sua frustração diante da expectativa fantasiosa de romance podem fazer com que a mulher procure emoções mais fortes fora de casa.
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